O esquisito time que entrou em campo contra o Chivas (LaPresse) |
Antes de mais nada, peço perdão pelos enganos na coluna da última sexta (ou sábado, como queiram). Devo confessar que realmente não conhecia o futebol de Vidal e Pazienza e tive uma dúvida terrível na hora de encaixá-los (e não sei de onde tirei que Sorensen era volante...). Mas a participação de vocês foi muito boa, através dos comentários.
Na coluna desta semana não podemos tratar de outro assunto, além da viagem do time pelos Estados Unidos da América, onde realizou três amistosos. Sim, foram três apresentações taticamente deploráveis do time. Mas, ao mesmo tempo, penso que não há motivos para pânico - por enquanto.
Por quê?
Conte é recém-chegado. Isso deveria ser explicação o bastante. A equipe da Juventus não é uma equipe nova apenas para o ex-treinador do Siena. O time é novo, também, para os jogadores. Tanto no esquema tático, quanto nas peças individuais. Isso leva tempo para se acertar. Uma equipe não leva três partidas (muito menos amistosas) para alcançar o entrosamento. Percebi algum pessimismo de certos colegas. É compreensível, porém, eu prefiro esperar um tempo maior para tirar minhas conclusões.
Explicando o título da coluna: o time foi mal. Mas foram três compromissos que não valeram absolutamente nada. Valeu pela viagem, pela homenagem do grande Phillies, pelo contato com o público no Central Park. Mas, o que se viu em campo, me trouxe mais dúvidas do que definições.
Algumas pequenas definições também: Pirlo caiu como uma luva. Lichtsteiner, uma melhora considerável na direita. Em alguns momentos, a troca de passe no meio de campo foi de dar gosto. Pepe, essencial. Pasquato pode ser importante. Pazienza, bom.
Das três partidas, a que mais importou, contra o Sporting, de Portugal, foi aquela na qual o time foi mais dominado e única onde saiu derrotado. A formação apresentada foi Buffon; Lichtsteiner, Barzagli, Chiellini e Ziegler; Krasic, Pirlo, Pazienza e Marchisio; Quagliarella e Matri. Foi a disposição tática que mostrei na semana passada, com duas diferenças - rá!
Nos outros dois jogos, contra América e Chivas, ambos do México, apenas muitas experiências - loucas - de Conte com o time, incluindo um 4-2-4 ou 4-3-3, não sei, era algo impossível de se ler na tela da tevê. Foram duas vitórias pelo placar mínimo, com ambos os gols sendo originados de falhas grotescas dos adversários. Mesmo com as vitórias, foram atuações medíocres, na minha opinião.
Que Conte não sofra o mesmo que sofreu Ferrara e tenha tempo para fazer o time funcionar.