quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Entrevista de Marotta a Gazzetta dello Sport.

Nesta quarta-feira, o jornal Gazzetta dello Sport, teve como destaque um bate-papo com o diretor geral da Juventus, Giuseppe Marotta. Confira o que foi dito por Marotta.

Projeto:
"Estamos nos 60% do nosso projeto. Tanto foi feito e os resultados mostram. A última temporada pagou os investimentos feitos, mas o mundo-Juve não pode parar. Temos que crescer e muito ainda".

Napoli:
"Partimos bem e o Napoli está regendo bem isso, provando que é um grupo competitivo".

Mazzarri e Conte:
"Mazzarri melhorou muito. A experiência conta muito para um treinador e o Napoli cresceu muito à sua imagem e semelhança. Tem a sua mão. Conte e Mazzarri são os técnicos que mais interferem no rendimento das suas equipes. Mas com todo respeito, nosso treinador já venceu e é mais jovem. Digamos que está na frente. A sua ausência pesa. Às vezes, com Antonio, basta um gesto para resolver uma situação durante uma partida. Todos, no entanto, tentam dividir a responsabilidade. Estão bem. Em Pequim o susto foi grande pela suspensão dada, mas a vitória tranquilizou".

Scudetto e Champions:
"Quem tememos mais na briga? A tabela diz Napoli mas eu não esqueceria de Inter, Lazio e Roma. Nem o Milan. Eles partiram mal mas sabem sair de certas situações. Tudo está aberto. Scudetto ou Champions? A estratégia é de dar o máximo em todas as frontes. Com um adendo: Os postos para a Champions são somente 3 e é perigoso abaixar a guarda no campeonato. Digamos que o Scudetto é um passo obrigatório".

Grupo imbatível:
"Sim, a série de 46 partidas dá um estímulo. Em Siena vimos uma demonstração de que sempre temos a concentração e os rapazes foram bravos a trazer nas mãos o resultado com um final tenso. A estrada é esta. Pra temporada passada mudou a responsabilidade. Antes corríamos atrás do Milan. Agora somos a equipe a ser batida. Mas o grupo está reagindo muito bem".

Buffon:
"Conversaremos sobre a sua renovação. É o que todos queremos. Talvez, para mim, Gigi deve encerrar a carreira na Juve, quando quiser, quem sabe com 40 anos e superar o recorde de Zoff".

Cavani:
"Cavani sempre interessou. O seu preço é feito pelo seu rendimento. A Juve sabia que o Napoli não queria cedê-lo, por isso não tentou".

Jovetic e Berbatov:
"Falamos com o diretor esportivo viola mas... Jovetic não nos interessa mais. Berbatov? A Juve tem a consciência limpa. Berbatov queria a Premier League, não a Itália".

Top Player no ataque:
"O nosso time tem 85 gols feitos e 24 sofridos na série recorde, funciona assim... É duro reforçar mas faremos o possível. Um considerável top player de €40 milhões e €10 milhões de salário são valores inadmissíveis para o nosso futebol. Os grandes espanhóis e ingleses faturam o dobro que nós. É difícil competir com os seus investimentos de príncipes. Assim temos que aproveitar oportunidades com cautela".

Llorente e Drogba:
"Estamos bem no elenco. Repito, seguimos todas as situações e tentaremos reforços se as condições econômicas sejam justas".

Isla, Asamoah e Giovinco:
"Se estou contente com os reforços? Isla está se recuperando. Asamoah já mostrou o seu valor. Giovinco merece um discurso a parte: Tem qualidades técnicas importantes e está demonstrando mas tem uma responsabilidade psicológica enorme e deve habituar-se a isto. Temos que ter paciência com ele mas já superou o exames".

Verratti, Pogba e Marrone:
"Verratti ao Psg é ferida aberta no futebol italiano? A Juve trouxe Pogba grátis e está valorizando Marrone, dois ótimos talentos que acreditamos muito. Infelizmente não podemos gastar €12 milhōes no Verratti. É o discurso da incompatibilidade financeira".

Reforma financeira:
"O faturamento sobe e os débitos diminuem? É uma estrada longa. O retorno a UCL é a leva mais importante. Agora estamos em cerca de € 213 milhões e contamos em aumentar ainda mais em um ano. Mais 25% das instalações graças ao Juventus Stadium. Pesa o faturamento dobrado dos outros grandes da Europa. É o verdadeiro jogo para competir no nível máximo. O que falta? Com o estádio, a Juventus está na frente mas não basta. O nosso futebol deve usar o mercado chinês. Servem novas regras. Exemplo? Certamente a lei sobre os estádios. Jogo com aquela grama que estava no campo do Napoli ou o problema do Cagliari para o IS Arenas de Quartu não podem acontecer. É uma questão de visibilidade do campeonato. Temos 111 clubes profissionais: Muitos! Na Europa, nenhuma federação tem este formato. Depois tem o tema das segundas equipes. A Juve, a Inter e o Milan representam 50% do faturamento. Temos que ter a possibilidade de desfrutar do nosso investimento, sobretudo nos jovens. Mas com a Lei Melandri é tudo mais difícil. Por quê? Não discuto a repartição coletiva, mas estamos em uma situação difícil. Que sejam revistos critérios de subdivisões, premiando mais quem investe e quem vence. A Udinese, por exemplo, tem feito anos belíssimos, mas depois tem que vender os melhores e sai nos preliminares das competições da UEFA. Assim, a Itália fica com duas competições na UCL. O caminho tem que ser o inverso, também na justiça esportiva. Que sejam tuteladas de maneira melhor os direitos dos indivíduos e no refluxo, dos clubes. Sentemo-nos a mesa para conversa. Temos muito o que fazer".

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